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"Tales for The Ones in Love"

An international blog about literature, nature and hope. Here I include lyrics by Rui M. and the work of others. From 4th to 24th each month, new contributions sent to blogsnat@gmail.com are evaluated. Periodical Art contests and Critics. Thanks. Arigatou

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27
Nov14

O pão sem nexo

talesforlove

A solidão come-se em dedaços secos de pão.

Sim, se não houver ninguém que vá buscar o pão fresco do dia,

se não houver quem nos estenda a sua doce mão,

se não houver um outro peito, vivo, cheio do calor bruto de um vulcão.

 

A solidão ouve-se em instantes sem som.

Sim, se não houver quem nos acene dádivas em palavras,

se não houver quem reconheça no falar um dom,

se na página branca não houvessem palavras em criança aprendidas.

 

A solidão come-se, ouve-se mas, não se aceita.

Sim, mas compreende-se e habita em todos,

ainda que ninguém a queira acolher,

surge ofuscante como a estrela inesperada que risca o céu.

 

29
Jun14

O retrato a letras da Feira do Livro de Lisboa 2014 - 1a parte

talesforlove

Utopia, na feira do livro, foi o cheiro fétido a sonhos impossíveis mas, também, as flores sozinhas, abandonadas no chão, no seu azul arroxeado, bêbado do cheiro a pólen, capazes de se prostrarem à minha beira, na sua inocência indecente...

 

Sonhos loucos de Verão, aprisionados num recipiente de papel, como batatas fritas com molhos, ali devoradas por mim, para no fim sobrar apenas uma recordação, um céu quente, com uma cor sem nome... sem palavras que a descreva. Um símbolo daquele caminho que as palavras não nos permitem seguir. Tão só um sonho, desprezado por muitos mas, não por mim, durante aquela visita apaixonada.

 

[continua]

15
Fev14

Há Sempre Uma Hora Do Adeus

talesforlove

Do crepúsculo telúrico, do olhar lacrimejante,

Do Domingo último, do sol que se põe...

E do cedo feito tarde, da lareira outrora fumegante,

Da sede na boca, à qual a saliva se opõe...

 

Hora derradeira essa, triste, de promessas que se esvanecem,

Da Fénix para sempre morta, do universo no horizonte do mundo.

E na mão suave, resta a madeira muda do carpinteiro. Pessoas padecem...

Resta a liberdade vazia, por decreto, à deriva no oceano profundo...

 

 

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